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PROGRAMAÇÃO: Março de 2012

Ciclo Werner Herzog Até ao Fim do Mundo
Entrada livre

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Werner HERZOG
* ENTRADA LIVRE!

PROGRAMAÇÃO (cont.)

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Woody ALLEN

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Teresa VILLAVERDE
* TRAZ OUTRO AMIGO TAMBÉM!

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Pedro ALMODOVAR


Sala de exibições Pequeno auditório
Casa das Artes de V. N. de Famalicão
Parque de Sinçães - V. N. de Famalicão

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A Pele Onde Eu Vivo

Sinopse

Há 12 anos, Robert Ledgard (Antonio Banderas), um cirurgião plástico reconhecido pelas suas investigações em terapia celular, perdeu a mulher num terrível acidente de viação que lhe causou queimaduras e lhe desfigurou o rosto. Desde então, vive em clausura na sua mansão, obcecado com a sua nova descoberta: uma pele artificial que, apesar de sensível ao tacto, não sente dor e é quase indestrutível. Porém, o avanço da pesquisa presume encontrar uma vítima que se possa transformar numa cobaia humana. Para isso, o Dr. Ledgard decide ultrapassar todos os conceitos éticos ou deontológicos, tornando uma jovem sua prisioneira.

A mais recente obra de Pedro Almodóvar retrata a obsessão, a vingança e a capacidade de sobrevivência. O argumento baseia-se na novela de terror "Mygale", escrita em 1995, pelo francês Thierry Jonquet.

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Ficha Técnica

Título original: La Piel Que Habito (Espanha / EUA, 2011, 120 min.)
Realização e Argumento: Pedro Almodóvar
Interpretação: Antonio Banderas, Elena Anaya, Marisa Paredes, Jan Cornet
Produção: Agustín Almodóvar, Esther García
Música: Alberto Iglesias
Fotografia: José Luis Alcaine
Montagem: José Salcedo
Estreia: 16 de Novembro de 2011
Distribuição: Prisvideo
Classificação: M/16
Página Oficial: http://www.sonyclassics.com/theskinilivein/

Críticas

Almodóvar chegou à casa do terror
Tiago Alves, Cinemax

O realizador espanhol experimenta um novo género abordando de forma actual o tema clássico da relação entre criador e criatura, monstro e bela...

Pedro Almódovar aborda o tema actual da manipulação genética através de um thriller de terror contemporâneo, marcado pelos sentimentos dominantes e mais intensos na sua obra: paixão, desejo e vingança.

A história de "A Pele Onde Eu Vivo" é protagonizada por um cirurgião brilhante e demente dos nosso tempos. Robert Ledgard (Antonio Banderas) perdeu a mulher com queimaduras extremas num acidente de automóvel e desde então decidou toda a sua carreira a criar uma pele capaz de resistir ao mais brutal dos golpes e de reagir à mais suave das carícias.

A experiência genética é desenvolvida no corpo de Vera (Elena Anaya), a sua cobaia, uma mulher que ele mantém em cativeiro. Mas não se trata de uma refém qualquer. Vera é tratada com toda a delicadeza e vive num ambiente confortável. Ela torna-se no objecto do desejo perverso de Robert e entra nesse jogo de sedução para ganhar confiança na expectativa de conseguir ludibriá-lo e escapar.

Os incondicionais de Almodóvar ficarão surpreendidos com esta nova abordagem da transmutação do corpo e do género, um tema central em vários filmes do cineasta. "A Pele Onde Eu Vivo" ergue-se como uma variação contemporânea do drama de Frankestein e explora, de forma hábil, a relação entre criador e criatura.

É um filme híbrido onde o melodrama com lantejoulas típico de Almodóvar é refreado pela pulsão ambiental do thriller.

O cineasta espanhol trabalha bem os elementos inexplicáveis que povoam os filmes de terror, nomeadamente os clássicos, com cientistas loucos, corpos esventrados e motivações sombrias. Mas o formalismo do género retira emoção ao cinema de Almódovar e ligeireza ao processo de articular os vários factos.

Não sendo um filme brilhante é distinto e muito interessante para Antonio Banderas que reencontra o realizador vinte anos depois de terem filmado "Ata-me". Banderas tem um papel frio e intenso, o oposto das personagens simpáticas que tem feito em Hollywood. Como o próprio admitiu (ver a propósito a entrevista em video anexado) é um registo interessante que o leva para outro terreno no momento em que entrou numa fase diferente da sua carreira, ao completar 50 anos.

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