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PROGRAMAÇÃO: MAIO 2015


Filme
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Hayao MIYAZAKI

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Pier Paolo PASOLINI
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Abel FERRARA
* TRAZ OUTRO AMIGO TAMBÉM

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F. W. Murnau
* ENTRADA LIVRE
Filme
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Ingmar BERGMAN

Sala de exibições Pequeno auditório
Casa das Artes de V. N. de Famalicão
Parque de Sinçães - V. N. de Famalicão

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Quem Somos

Quem Somos Vitor Ribeiro Quem SomosIsabel Machado Quem Somos Sandra Rocha
Contacto edmond01@sapo.pt Contacto blocas@portugalmail.pt Contacto smorocha@gmail.com
Vitor Ribeiro
Isabel Machado
Sandra Rocha
Quem SomosLuís Oliveira Quem SomosSérgio Afonso Quem SomosGustavo Carneiro
Contacto Contactosergio.afonso@gmail.com Contacto
Luís Oliveira
Sérgio Afonso
Gustavo Carneiro

CURRÍCULO

| Formação |
| As Primeiras Sessões |
| Cinema Paraíso [O Primeiro Protocolo com a Câmara Municipal de V. N. de Famalicão] |
| Rede de Exibição Alternativa – R. E. A. /Sessões Semanais na Casa das Artes |
| Extensões de Festivais de Cinema: CINANIMA / INDIELisboa / DOCLisboa |
| Colaboração com outras Entidades |
| Ciclos Dedicados aos Grandes Cineastas / Reposições / Temáticos |
| A Noite dos Realizadores |
| Já Não Há Cinéfilos?! |
| Debates |
| Presença de Realizadores / Actores |
| Masterclasses / Workshops |
| Cinema para as Escolas |
| 10.º Aniversário |
| Filmes-Concerto |

  1. Formação


O Cineclube de Joane nasceu em Setembro de 1998 na vila de Joane, concelho de V. N. de Famalicão.

Por esta altura, o Concelho de V. N. de Famalicão dispunha de apenas duas salas de cinema, uma delas situada no centro da cidade de Famalicão, explorada pela Lusomundo, e a outra no Centro Cultural de Joane e que apenas realizava sessões aos fins-de-semana. O auditório do Centro Cultural de Joane, com cerca de 200 lugares, oferecia, então, as condições técnicas e logísticas para a realização de sessões cineclubistas.

O que moveu os fundadores no momento de por de pé este projecto, que muitos apelidaram de bizarro – quem se lembraria de fundar um cineclube numa vila de um concelho, que embora fosse populoso não tinha um público cinéfilo?! –, foi a promoção do Cinema, a vontade de dar a conhecer o cinema de todos os espectros (geográficos, estilísticos) e possibilitar o conhecimento, por parte do nosso público alvo, da história do Cinema.

O projecto – Cineclube de Joane – surgiu, apesar de tudo, com alguma sustentação. Apesar de não contarmos com nenhum apoio institucional, o concelho de V. N. de Famalicão possuía cerca de 150 mil habitantes e Joane situa-se, em termos geográficos, num ponto nuclear do Minho, a cerca de 10 km de Famalicão, 15 km de Guimarães, 20 km de Braga e a 30 km do Porto, o que fez com que as nossas sessões tivessem, desde o início, público das mais variadas proveniências.


  1. As Primeiras Sessões


As duas primeiras sessões (23 e 30 de Setembro de 1998) foram concretizadas com o programa itinerante do I.C.A.M., ROTAS, com a exibição de dois blocos de curtas-metragens de cinema português.

Neste primeiro período, devido à falta de apoios, as sessões tiveram uma periodicidade quinzenal, destacando desde o início o cinema português e europeu (Sapatos Pretos e O Boxeur), os grandes autores americanos (Woody Allen com As Faces de Harry) e os clássicos (O Último Tango em Paris de Bertolucci). (ver listagem integral dos filmes exibidos).


  1. Cinema Paraíso (O Primeiro Protocolo com a Câmara Municipal de V. N. de Famalicão) – sessões de Cinema ao Ar Livre, com itinerância pelo concelho


Em Janeiro de 1999, o projecto Cineclube de Joane ganha sustentação através de protocolo firmado com a Câmara Municipal de V. N. de Famalicão. Este protocolo tinha como objectivo apoiar o Cineclube de Joane de forma a realizar as sessões quinzenais no Centro Cultural de Joane e concretizar o Cinema Paraíso – Sessões de Cinema ao ar livre, em Famalicão e Joane e posteriormente com uma itinerância por todo o concelho.

As sessões de Cinema ao ar livre referidas têm um objectivo diferente das sessões realizadas no auditório. Trata-se de, literalmente, levar o cinema às pessoas! Sabendo que o público-alvo corresponde a uma franja bastante maior da população, não se restringindo aos cinéfilos, mantivemos sempre o critério da qualidade na escolha dos filmes a exibir. Realizamos, neste âmbito, sessões no centro de Famalicão (Praça 9 de Abril, Praça D. Maria II e Parque da Devesa), no centro de Joane (Largo da Feira e Adro da Igreja), no centro de Ribeirão (Praça Santana), na vila de Riba d’ Ave (Adro da Igreja), na freguesias de Pousada de Saramagos, de Calendário (S. Miguel O Anjo), de Mouquim, de Landim (junto ao Mosteiro), de Sezures (junto à Capela S. Vicente), de Gondifelos (no Parque de Campismo) no Centro de Estudos Camilianos (em Seide S. Miguel), no Museu da Indústria Têxtil, na Estação de Caminhos de Ferro de Lousado, no Recinto da Nossa Senhora do Carmo em Lemenhe e em empreendimentos habitacionais (Lameiras – Famalicão, Habitorre – Joane, Bairro S. João – Delães).


  1. Rede de Exibição Alternativa – R. E. A. / Sessões Semanais na Casa das Artes


A primeira R. E. A. surgiu em 2002 (iniciativa renovada entre 2003 e 2013), promovida pelo I.C.A. – Instituto do Cinema e do Audiovisual, possibilitando, por parte de cineclubes e outras entidades, a divulgação e promoção do cinema português, europeu, de países lusófonos e ibero-americanos. Foi para o Cineclube de Joane “o trampolim” para um objectivo que perseguíamos desde o início: as sessões semanais.

Esta Rede tem-nos permitido programar Cinema das proveniências referidas, ora projectando a produção recente ora a mais antiga (de acordo com a limitação das distribuidoras portuguesas), não esquecendo os clássicos e os formatos e géneros menos visíveis como sejam o documentário e a animação (ver listagem de filmes em anexo).

Em Março de 2002, o Cineclube de Joane aceitou o convite promovido pela Câmara Municipal de V. N. de Famalicão para a transferência das nossas sessões para o Pequeno Auditório da Casa das Artes. Este equipamento com uma oferta cultural em várias áreas, pareceu-nos uma excelente oportunidade para chegar a um maior número de pessoas, pois não nos podemos esquecer que os cinéfilos são predominantemente urbanos. Esta fixação na Casa das Artes tem promovido um crescimento mensurável na adesão do público às sessões promovidas pelo Cineclube de Joane, concretizando os objectivos iniciais, no que respeitam à promoção do Cinema e à formação de públicos.


  1. Extensões de Festivais de Cinema: CINANIMA / INDIE Lisboa / DOC Lisboa


O Cineclube de Joane tem promovido, através da realização de extensões, os Festivais de Cinema que consideramos incontornáveis.

Desde 2001 realizamos uma extensão anual do CINANIMA – Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho com os filmes vencedores deste Festival de animação de referência.

A partir da 2.ª edição, em 2005, e com continuação nos anos seguintes, concretizamos uma extensão anual do INDIE LISBOA – Festival Internacional de Cinema Independente de Lisboa com alguns dos filmes marcantes, deste excelente festival generalista de cariz independente, nas categorias principais: Competição, Observatório e Herói Indie.

Em Novembro de 2007, promovemos, pela primeira vez, uma extensão do DOC Lisboa – Festival Internacional de Cinema Documental de Lisboa, que se tornou uma referência desde as primeiras edições na promoção do documentário.



  1. Colaboração com outras Entidades


Desde a sua fundação que o Cineclube de Joane se revelou uma entidade aberta ao relacionamento e cooperação com outras entidades, estando disponível para contaminar e ser contaminado, proliferando as realizações conjuntas de êxito assinalável, designadamente:


  • I.C.A. – Desde as primeiras sessões que a relação com o Instituto do Cinema do Audiovisual foi profícua, como comprova a participação do Cineclube de Joane no programa ROTAS de 1998, 1999 e 2001, no P.I.C.2004 - Programa de Itinerância Cinematográfica e na Rede de Exibição Alternativa de 2002 a 2013;


  • Câmara Municipal de V. N. de Famalicão – Celebração de protocolos anuais, concretização, entre outras iniciativas, de sessões regulares no Pequeno Auditório da Casa das Artes;


  • Governo Civil – Participação nas comemorações do 25.º aniversário do 25 de Abril com a realização de 3 sessões;


  • Federação Portuguesa de Cineclubes – Concretização de várias iniciativas, com destaque para o ciclo de cinema galego (com a colaboração da Federação de Cineclubes da Galiza);


  • Festival Internacional de Curtas-metragens de Vila do Conde – Integração no programa Gerações Curtas que compilava 10 anos de curtas-metragens produzidas em Portugal;


  • Outros Cineclubes – Concretização de várias iniciativas, com destaque para a realização da Rede Alternativa de Exibição Cinematográfica de 2002 conjuntamente com os Cineclubes de Amarante, Fafe e Guimarães;


  • Biblioteca Municipal de V. N. de Famalicão – Concretização de várias iniciativas, destacando a participação no 90.º aniversário desta entidade com a exibição de alguns filmes (As Bodas de Deus de João César Monteiro, A Última Tentação de Cristo de Martin Scorsese e O Festim Nú de David Cronenberg);


  • On The Trek – Bienal de Ficção Científica – Programação do Programa dedicado a James Ballard, que incluiu um ciclo de projecções, debates e uma exposição;


  • Lua Vaga, Clarabóia – Casa do Professor de Braga – Programação bimensal no âmbito do projecto pluridisciplinar Clarabóia, desde Janeiro de 2010 de ciclos temáticos em co-relação com a nossa programação regular (Casa das Artes) e a programação da Casa do Professor;


  • Casa da Galeria (Santo Tirso) – Programação mensal de ciclos temáticos com apresentação e debate, desde Setembro de 2010.


  • Universidade do Minho – Participação, através da exibição do filme O Enigma de Kaspar Hauser (ciclo Werner Herzog Até ao Fim do Mundo,1 de Março de 2012), nas XIII Jornadas de Cultura Alemã, promovidas pela Universidade do Minho e no Colóquio Internacional Revisiting Kaspar Hauser (* 1812) – criança selvagem, cobaia ou «Filho da Europa».


  • Instituto Francês – Programação de ciclos dedicados a Agnès Varda (Todas as Curtas, 2010) e a Jacques Demy (O Cineasta que Sonhava com Hollywood, 2012).


  • Goethe Institut – Programação de ciclo dedicado a Werner Herzog (Até ao Fim do Mundo, 2012) e a Werner Herzog e Klaus Kinski (em parceria com o Cineclube Aurélio Paz dos Reis e da Confederação – Miragaia).


  • Parlamento Europeu – Programação de ciclo Cinema Europa (Outubro de 2013), que incluiu projecções e debates em volta dos Prémio Lux, que distinguem os filmes que exploram a diversidade cultural e a construção permanente do velho continente



  1. Ciclos Dedicados aos Grandes Cineastas / Reposições / Temáticos



Com o objectivo de formar o público e divulgar a obra dos grandes cineastas do cinema clássico e contemporâneo, o Cineclube de Joane dedicou ciclos e programou reposições de cineastas incontornáveis; deixamos alguns exemplos: Alfred Hitchcock (Vertigo/Intriga Internacional/Psico), Fritz Lang (O Tesouro do Barba Ruiva) Takeshi Kitano, John Cassavetes (Uma Mulher Sob Influência), Fernando Lopes, Orson Welles (A Sede do Mal), Abel Ferrara, George Cukor (Casamento Escandaloso) Jean-Marie Straub/Danielle Huillet, Luchino Visconti (Sentimento e O Leopardo), Wong Kar-Wai, Federico Fellini (Amarcord e 8 ½), João César Monteiro (Trilogia de Deus), Charlie Chaplin (reposição de 5 filmes em cópias novas), Lucas Belvaux, F. W. Murnau (Aurora), Michelangelo Antonioni (Profissão: Repórter), Jacques Tati (O Meu Tio e Playtime), David Lynch, Douglas Sirk (Imitação da Vida), Marguerite Duras (programa que incluiu filmes, documentários e a peça La Musica), Agnès Varda (todas as curtas, com o Instituto Francês), Jacques Tati (Há Festa na Aldeia e As Férias do Sr. Hulot, a propósito da estreia do filme de animação O Mágico), José Álvaro Morais (exibição integral da sua filmografia), Werner Herzog (ciclo Até ao Fim do Mundo, com 14 filmes, com Goethe Institut e ciclo Herzog-Kisky, com todas os filmes feitos em parceria pelo realizador e pelo seu actor predilecto), Jacques Demy (ciclo O Cineasta que Sonhava com Hollywood, com 5 filmes, com o Instituto Francês).

Foram também programados ciclos temáticos: Presidentes dos EUA, Guerras e Conspirações - Testemunhos de Guerra, Morte de Um Presidente, W. e JFK, os dois últimos de Oliver Stone; Ciclo da Memória (35x25 de Abril) – Cartas a Uma Ditadura, Torre Bela e Natureza Morta; As Afinidades Literárias - A Corte do Norte, Um Amor de Perdição, Vale Abraão e Singularidades de Uma Rapariga Loira, os dois últimos de Manoel de Oliveira); Rolling Stones: Rock n’ RollOne + One de Jean-Luc Godard, Gimme Shelter (irmãos Mayles), Shine a Light de Martin Scorsese; Os Solitários de Schrader – Taxi Driver de Martin Scorsese, Estranha Sedução e O Acompanhante de Paul Schrader; Cinema é Obsessão! – ciclo de 10 filmes onde se valorizam as obsessões criativas; O Amor, o Centro do Mundo – com filmes de Sokurov, Luhrmann, Rohmer, Visconti e Canijo.



  1. A Noite dos Realizadores



Uma das melhores formas de promover o cinema é homenagear os seus autores: os realizadores. Entre Maio de 2002 e Julho de 2007, a primeira sessão de cada mês destacou um cineasta. Por essas quintas-feiras passaram, entre outros: Billy Wilder, John Cassavetes, Lars von Trier, John Ford, Abbas Kiarostami, Francis Ford Coppola, Pedro Costa, Brian de Palma, Orson Welles, Abel Ferrara, Emir Kusturica, George Cukor, Luchino Visconti, Eric Rohmer, Spike Lee, João César Monteiro, Peter Bogdanovich, Federico Fellini, Gus Van Sant, Clint Eastwood, Alfred Hitchcock, Jacques Tati, Tim Burton, Marguerite Duras, Pedro Almodovar, Wim Wenders, Vincente Minnelli, João Canijo, Wong Kar-Wai, Manoel de Oliveira, John Sayles, George A. Romero, Claude Chabrol, Wes Craven, F. W. Murnau, Jim Jarmush, Woody Allen, Ang Lee, David Cronenberg, Terrence Malick, Michelangelo Antonioni, Philippe Garrel, Martin Scorsese, Robert Altman, Paul Verhoeven e Nanni Moretti.

Trata-se de um esforço empreendido de forma a mostrar uma história do cinema possível, através da visita a filmes marcantes, percorrendo o Cinema Americano Clássico, os movimentos do Cinema Europeu e os seus realizadores referência, sem esquecer os autores contemporâneos de todas as proveniências.



  1. Já Não Há Cinéfilos?!



Substituindo a rubrica A Noite dos Realizadores, demos um novo formato à homenagem e promoção dos maiores autores da história do Cinema. Esta nova abordagem pretende, com a exibição de (pelo menos) três filmes do mesmo autor, distribuídos por um trimestre, produzir uma sumula possível da sua obra, adoptando o nosso ponto de vista.

Iniciamos este percurso com o iconoclasta John Cassavetes, com a exibição de três obras-primas: Noite de Estreia, Tempo de Amar e Rostos e com Ingmar Bergman, um dos maiores autores da história do Cinema e por essa altura recentemente desaparecido, com o conjunto de filmes que denominamos As Mulheres de Bergman. Seguiram-se, durante os anos de 2008 a 2013, os ciclos dedicados a Sérgio Leone, a Leni Riefenstahl, Orson Welles, Rainer Werner Fassbinder, Jacques Tourneur, Roberto Rossellini, John Ford, Eric Rohmer, Howard Hawks, François Truffaut (série Antoine Doinel), O Cinema de Tenessee Williams (5 filmes no apogeu de Hollywood, adaptações do incontornável dramaturgo), Akira Kurosawa e Luchino Visconti.

Tal como a rubrica A Noite dos Realizadores, que encerramos em Julho de 2007, permitirá a formação de público, transmitindo o legado dos autores maiores da história do Cinema, acompanhando a exibição dos filmes com a realização dos debates e com a disponibilização de textos de apoio.

  1. Debates


A Direcção do Cineclube de Joane promove, ocasionalmente, debates em torno dos filmes, sempre que realiza um ciclo dedicado a um realizador, ou utilizando o cinema para discutir questões retratadas e citadas em determinadas películas.

Por exemplo, após a projecção, em dias consecutivos, de Dez e O círculo, dois filmes iranianos, promovemos a discussão à volta do tema “Os direitos da mulher no mundo árabe”, convidando para o efeito alguns cidadãos árabes a residir no nosso país. Em Março de 2005 após a projecção do filme História de Um Segredo de Mariana Otero, realizamos, com a presença da A.P.F. – Associação de Planeamento e Família, um debate sobre a problemática da despenalização da interrupção voluntária da gravidez. Recorrendo ao filme Uma Verdade Inconveniente promovemos um debate em Abril de 2007, em parceria com o G.A.I.A. – Grupo de Acção e Intervenção Ambiental, em volta da temática das políticas ambientais, alterações climáticas e recursos energéticos. Integrado na Bienal On The Trek e no Programa Ballard, promovemos um debate em volta da obra do escritor James Ballard, com a presença de Solveig Nordlund e Adolfo Luxúria Canibal. Orlando Grossegesse, director do BabeliUM – Centro de Línguas da Universidade do Minho apresentou e discutiu o filme O Enigma de Kaspar Hauser (ciclo Werner Herzog Até ao Fim do Mundo,1 de Março de 2012), numa iniciativa integrada nas XIII Jornadas de Cultura Alemã, promovidas pela Universidade do Minho e no Colóquio Internacional Revisiting Kaspar Hauser (* 1812) – criança selvagem, cobaia ou «Filho da Europa». Em Outubro de 2013, no âmbito do ciclo Cinema Europa, e com a presença de Rita Ribeiro do Instituto de Ciências Socais da Universidade do Minho, discutimos as temáticas em volta da Europa dos nossos dias.



  1. Presença de Realizadores / Actores


Desde 2002, temos promovido a presença, na nossa sala, de realizadores portugueses para apresentarem e discutirem os seus filmes. Trata-se de uma iniciativa que aproxima o público dos realizadores o que se torna interessante para ambas as partes, permitindo ao espectador conhecer de perto os referidos realizadores, confrontando-os com questões que a obra exibida levante e permitir ao realizador perceber a reacção do público ao seu filme. Fernando Vendrell apresentou O Gotejar da Luz, Graça Castanheira trouxe-nos o excelente documentário Outubro, Os Imortais foram apresentados por um dos nossos realizadores referência – António-Pedro Vasconcelos e, Manuel Mozos trouxe-nos o seu primeiro e último filme Xavier. No início de 2005 um dos nossos realizadores mais marcantes – João Canijo – apresentou-nos o seu Noite Escura, uma obra que marcou a produção portuguesa dos últimos anos. Em 2006 estiveram presentes João Pedro Rodrigues, para apresentar a sua 2.ª longa-metragem – Odete, e Adriano Luz, um dos nossos melhores actores de cinema, para discutir o filme Coisa Ruim. Solveig Nordlund apresentou, em Maio de 2009, Aparelho Voador a Baixa Altitude, integrado no Programa Ballard, O ano de 2010 foi particularmente fértil na presença de realizadores: Solveig Nordlund (programa Marguerite Duras), Rodrigo Areias (apresentação da curta Corrente), Manuel Mozos (Olhar o Cinema Português, ver masterclasses), João Botelho (Filme do Desassossego). Em Maio de 2011, Sergio Trefaut apresentou e discutiu A Cidade dos Mortos. Em 2013, estiveram presentes os cineastas Marcelo Félix (A Arca do Eden) e Joaquim Sapinho (Deste Lado da Ressurreição).

  1. Masterclasses / Workshops


Aproveitando a presença dos convidados, aquando da realização de debates ligados aos diferentes sectores criativos que envolvem a produção de um filme, vimos endereçando convites aos profissionais referidos no sentido da Direcção do Cineclube de Joane promover a realização de Workshops ou Masterclass.

Esta iniciativa tem como alvo os nossos associados que tenham interesse em determinada vertente, mas também, e em maior número, estudantes das Escolas de Cinema e Vídeo, alem de outras pessoas ligadas às diferentes componentes técnicas relativas à produção e exibição de filmes.

Em 2008, coincidindo com a passagem do nosso 10.º aniversário, concretizamos as nossas primeiras Masterclasses com dois dos grandes realizadores portugueses: Pedro Sena Nunes (Cinema Documental e exibição do projecto Microcosmos) e João Canijo (Masterclasse Sobre a Impossibilidade, e a Falta de Sentido, de Tentar Impor Uma Interpretação a Um Actor Enquanto Artista e a exibição de Mal Nascida).

Em Junho de 2010, Manuel Mozos no fim de um ciclo de três filmes seus (ficção e documentário), apresentou uma perspectiva conjunta da sua obra correlacionada com a história do cinema português.



  1. Cinema para as Escolas


Desde o aparecimento do Cineclube de Joane que pretendíamos edificar um projecto com o lado didáctico do cinema. É nosso intuito, em colaboração com o conselho directivo das escolas secundárias do nosso concelho, criar anualmente uma semana dedicada ao cinema. Pretendemos com esta iniciativa, não só dar a conhecer um outro género de filmes, aos quais muitos dos alunos não têm acesso, como também incutir hábitos de cinema.

Em Março de 2004, realizou-se a primeira edição do “Cinema na Escola” na Cooperativa de Ensino Didáxis em Vale S. Cosme – V. N. de Famalicão, com sessões para os 2.º ciclo (O Feiticeiro de Oz), 3.º ciclo (Billy Elliott), ensino secundário (A Residência Espanhola) e ensino recorrente (Vidas Privadas de Todd Field).

Em Abril de 2006 realizou-se a 2.ª edição na Escola Secundária de Joane.

Abordando o aspecto didáctico transmitindo pelo Cinema de outra forma, integramos na extensão do DocLisboa de 2007, na Casa das Artes, uma sessão – Convicções – para os alunos do ensino secundário da Escola Camilo Castelo Branco de Famalicão.

Durante o ano de 2009, por duas vezes o Cinema na Escola esteve em cena: com a projecção e discussão de Testemunhos de Guerra de Errol Morris, com os alunos de História do 3.º ciclo da Didáxis de Riba d’Ave; com a apresentação do Bem-vindo ao Norte para a Secção de Francês da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado de Joane.

Um dos relevos do ano 2010 foram as sessões realizadas no âmbito do Cinema Para as Escolas (cerca de 20 sessões em estabelecimentos de ensino, para 3 escolas distintas e 3 ciclos de aprendizagem), dos quais destacamos o ciclo de 10 filmes, Cinema (a partir) da Europa nos Anos 60: Ruptura e Novas Vagas, com a Escola Secundária Camilo Castelo Branco e a relação com o projecto Mais Vale Prevenir (sessões com objectivos diversificados, da simples fruição à pedagogia, incluindo apresentação do filme e debate após a sessão).

  1. 10.º Aniversário



Em Setembro de 2008 o Cineclube de Joane festejou o seu 10.º aniversário.

As comemorações incluíram:

  • 10 Anos, 10 filmes – exibição, em Setembro e Outubro, de 10 filmes marcantes no historial;

  • Filme-concerto – projecção do filme Nosferatu (de F. W. Murnau) com banda sonora ao vivo pelos Biarooz;

  • 10 Anos de imagens – exposição no foyer da Casa das Artes, que permitiu a disposição inventiva de algumas das imagens e cartazes mais relevantes dos primeiros 10 anos de actividade.



  1. Filmes-Concerto


Há alguns anos que o Cineclube de Joane vem apresentando, pelo menos uma vez por ano, um filme (mudo) com banda sonora ao vivo. Parece-nos uma forma sagaz de mostrar filmes importantes, um regresso às formas primitivas e (falsamente) arcaicas.

A introdução de uma banda sonora ao vivo torna, para um número razoável de espectadores, o visionamento dos filmes do período mudo mais apetecível, retirando-lhe a carga que os anos acrescentara às obras.

Estas apresentações, que se iniciaram com Nosferatu de F. W. Murnau, têm sido, também, uma espécie de presente com que brindamos os nossos associados e espectadores assíduos das nossas sessões, pois têm sido programadas sem custos para os associados (como é usual nas sessões regulares) e a preços baixos para os restantes espectadores.

Portanto, foi com uma grande efervescência que partimos para a encomenda da nossa primeira banda sonora de uma longa-metragem: Fausto, a última obra do período alemão de Murnau (em 2009, aquando da mostra On The Trek, os Biarooz tinham concebido, a nosso pedido, uma trilha para a curta Viagem à Lua do ilusionista Meliès). A escolha do filme não foi, de todo, inocente: Murnau é um dos nossos autores favoritos, um daqueles que perseguimos exaustivamente, e só sossegaremos quando exibirmos todos os seus filmes. Fausto, uma das suas obras maiores, uma das que melhor sintetiza o apelo do cineasta pela dicotomia “luz e sombra”, surgiu-nos de forma espontânea para este empreendimento. Quanto à banda, os La La La Ressonance, tinham todos os condimentos para a nossa preferência: um som singular e cinemático, entre o jazz contemporâneo e o pós-rock, numa carreira já alicerçada em dois excelentes álbuns e com um antecedente que sempre nos fascinou: The Astonishing Urbana Fall (esta banda tinha exactamente os mesmos membros que os La La La Ressonance). Entretanto, durante o ano de 2011, os La La Ressonance voltaram ao Fausto em Abrantes (Março), em Barcelos (Julho), em Torres Novas (Setembro) e em Tomiño, Galiza (Outubro).

No último dia de Novembro de 2013, apresentamos mais uma banda sonora ao vivo em estreia, com a primeira longa de Charlie Chaplin, o mítico The Kid, apresentada pelos Bueno.Sair.Es, perspectivando-se o espraiamento desta apresentação por umas quantas salas disponíveis para acolher Charlot e o seu duplo.

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